Curitiba traça mapa da violência
O encontro de hoje, na Prefeitura. |
O mapeamento de todas as ações desenvolvidas na área da segurança
em Curitiba nos últimos anos foi uma das medidas para aperfeiçoar o combate à
violência na cidade anunciadas na primeira reunião do Gabinete de Gestão
Integrada de Segurança Pública Municipal, na manhã desta quinta-feira. Os dados, a serem partilhados com os governos estadual e federal,
balizarão as medidas a serem aplicadas no setor.
No encontro, presidido pelo
prefeito Gustavo Fruet, e que teve a participação de representantes dos três
poderes, como as polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Ministério da
Justiça e Ministério Público, também foi proposta a criação de nove câmaras
temáticas para tratar de assuntos específicos. Dentre eles, o combate ao crack
e o fortalecimento da relação do município com os Conselhos de Segurança dos
bairros.
“É necessário integrar
todos os órgãos para melhorar a segurança. Essa é a nossa prioridade”, afirmou
Fruet. Ele informou que todas as secretarias municipais estão envolvidas no
mapeamento e combate à violência.
Como exemplo, o prefeito citou
a importância para esse trabalho da base de dados existente nas secretarias da
Saúde e da Educação. Se esses números forem organizados e bem utilizados, podem
fornecer dados importantes para subsidiar medidas em prol da segurança pública
no município. “O objetivo principal é fortalecer a integração e a prevenção”,
disse Fruet.
O secretário municipal do
Planejamento e da Administração, Fábio Scatolin, explicou que a aintenção é ter um mapa de
responsabilidades e um diagnóstico dos fatores que originam os problemas de
violência. “Isso permitirá maior clareza sobre o que cada órgão pode fazer”,
afirmou Scatolin. Em muitos casos, o problema se agrava por falta de clareza
sobre quais são suas raízes e as formas de combatê-las. “Este é o nosso desafio
imediato”, definiu o secretário.
Câmaras Temáticas
O coordenador do GGI, coronel
Renê Witek, sugeriu a criação de nove câmaras temáticas, para tratar de
assuntos específicos. São eles: vandalismo, operações de Ação Integrada de
Fiscalização Urbana (Aifu), mapeamento da Violência (observatório de segurança pública),
Mulheres da Paz (reformulação do programa que capacita mulheres da comunidade
para lidar com jovens), Crack (É Possível Vencer), UPS (Unidade Paraná Seguro,
do governo do Estado), Portal do Futuro, grandes eventos (como Copa do Mundo de
2014) e Conselhos de Segurança dos Bairros (fortalecendo o elo de ligação das
comunidades com a prefeitura).
As câmaras serão formadas por
técnicos indicados pelas instituições presentes na reunião. “O GGI será
responsável por centralizar as ações e garantir a articulação entre os órgãos”,
explicou. Ele esclareceu que novas câmaras poderão ser criadas, por indicação
dos integrantes do GGI.
Na prática
O Gabinete de Gestão Integrada
atuará em sistema de rede, organizando temas de real e atual interesse para a
segurança pública municipal. As reuniões do GGI serão mensais, sempre na última
quinta-feira do mês.
Outro produto do GGI será o
Plano Municipal de Segurança Pública (PMSP), que condensará diagnóstico e
prognóstico, bem como diretrizes e princípios da segurança pública em Curitiba.
“O GGI também servirá como contato dos Conselhos Comunitários de Segurança
Pública com a Prefeitura”, explicou o coronel Witek.
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