Apagaram o Helinho

Do Quintal | 14:55 |

Alguns dias após serem abertos os envelopes com os nomes das empresas Parnaxx Ltda e DC Set Eventos, únicas que se habilitaram para administrar a Pedreira Paulo Leminski, a Ópera de Arame e o Parque Náutico pelos próximos 25 anos, misteriosamente o o nome do representante paranaense de uma delas sumiu do site oficial da empresa.


No último 4 de junho, a Comissão de Licitação da Prefeitura de Curitiba abriu os envelopes dos interessados em administrar os três bens públicos curitibanos. Isso porque havia sido indeferido o pedido de liminar feito pelo vereador Jonny Stica (PT) para suspender o processo. Líder do movimento A Pedreira é Nossa , ele  afirma que a Prefeitura não fez a divulgação necessária do edital. A Justiça, porém, considerou que a administração seguiu o que determina a lei. Já na última segunda-feira, dia 18, foram abertas as propostas técnicas das duas empresas, com a DC Set tendo mais que o dobro da nota da concorrente.
Mas, quem de fato está por trás dessas empresas?
Bom, a Parnaxx se chamava Calvin Eventos até 2009 e tem à frente Leandro Knopfholz , um dos criadores do Festival de Teatro de Curitiba, em 1992, e que até este ano foi o diretor do evento. 
A DC Set eventos, criada em 1979 em Porto Alegre por Dody Serena e Cicão Chies, é uma das principais produtoras de shows no País. Em 1996, lançou o Festival Planeta Atlântida, que acontece anualmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em parceria com a RBS, a representante da Globo nos dois estados. O modelo foi exportado para o Paraná em 2008, passando a se chamar Lupaluna, numa  parceria com a Globo daqui, a RPC.
Hélinho Pimentel, um dos mais famosos produtores culturais de Curitiba, era (ou é) o  representante da  DC Set no Paraná. No último 27 de maio, nove dias antes da abertura dos primeiros envelopes da licitação, ele assinou um artigo na Gazeta do Povo (RPC) como diretor do Lupaluna e da Rádio Mundo Livre (RPC) no qual lembra que foi quem organizou os primeiros shows na Pedreira, em seguida defende a concessão do espaço à iniciativa privada e lamenta que serão precisos "milhões" para readequar o espaço.
Além de um ato cabotino, muitos viram nisso uma forma de desvalorizar o negócio sobre o qual, se saberia depois, ele tinha (ou tem) interesse direto. O curioso da história é que até o início da semana passada o nome do Helinho constava no site oficial da DC Set como "Gerente DC Set Paraná". Já quem acessa hoje o mesmo endereço não encontra mais nem sinal do Helinho. Os demais 22 membros da equipe continuam os mesmos.
Agora, esperamos que a empresa gaucha explique o porquê do repentino sumiço do competente Helinho de seus quadros. Afinal, ele seria o representante paranaense da empresa. E todos os curitibanos e, principalmente a Comissão de Licitação da Prefeitura, têm o direito de saber a quem, de fato, entregarão esses três bens públicos pelo próximo um quarto de século.


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