Áreas particulares sob proteção

Do Quintal | 09:23 |

Navaro mostra a área ao prefeito.

A região do Pilarzinho, Abranches, Vista Alegre e São Lourenço tem boa parte de sua vegetação nativa preservada devido aos bosques e parques públicos criados a partir dela. Há muitas áreas verdes, porém, que são propriedade particular. Para incentivar a preservação também dessas matas que a Prefeitura de Curitiba lançou em 2007 o programa Reserva Particular do Patrimônio Natural Municipal (RPPNM). Hoje são 11 áreas oficializadas, uma das mais recentes o Bosque das Corujas, no Pilarzinho.

O mecanismo da RPPNM é o seguinte: a área pode ter qualquer tamanho, mas precisa ter em pelo menos 60% dela a floresta nativa conservada. Para transformar uma propriedade em reserva particular, a solicitação deve ser feita à Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
O imóvel continua sendo do proprietário, que terá direito à isenção do valor do terreno de bosque no cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU); possibilidade de transferência de 100% do potencial construtivo (aquilo que deixará de construir para conservar) para outras áreas da cidade que não tenham restrições ambientais e possibilidade de negociar o potencial construtivo com o mercado da construção civil.
Bosque das Corujas
A área do Bosque das Corujas, no Pilarzinho, foi adquirida em 1975 pelo arquiteto Osvaldo Navaro Alves, que mora há 32 anos no local. A casa está inserida num bosque de 5.400m2 coberto de floresta nativa conservada.
“O objetivo é estimular outros proprietários de áreas verdes a transformarem suas propriedades em RPPNMs e assim permitir a conservação destas áreas para que as futuras gerações tenham acesso a elas”, disse o prefeito Luciano Ducci. Ele assinou o decreto de criação da RPPNM e entregou a Navarro um certificado de reconhece  o Bosque das Corujas como RPPNM.
 No local, além de remanescentes da floresta de Araucária, é possível encontrar um elevado número de espécies de aves silvestres como o pavó, araponga, tucano-de-bico-verde, os sanhaçus, o saí-azul, a corujinha-do-mato e os jacus.
A flora também é rica, a começar pelas orquídeas, bromélias e cactos-de-árvore. Ainda é possível encontrar espécies frutíferas que alimentam os animais da região, como as aroeiras (Schinus terebinthifolia), canjaranas (Cabralea canjerana), caingás (Myrcia hatschbachii), pimenteiras (Capsicodendron dinisii) e, principalmente, a canela-sassafrás (Ocotea odorifera), que é uma espécie nacionalmente ameaçada de extinção.

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