Crar atenderá animais maltratados
O projeto está sendo levado às universidades |
O Crar será instalado numa área próxima ao Zoológico de Curitiba, e atenderá animais abandonados ou vítimas de maus-tratos. A unidade ambulatorial terá capacidade para receber 20 cavalos e 80 cães ou gatos. A proposta é dar um tratamento veterinário adequado aos animais e destiná-los para adoção.
Com orçamento de R$ 850 mil, o Centro de Resgate terá uma área construída de 800 m², com possibilidades de ampliação. Entre outras estruturas previstas, haverá consultórios, salas de pré e pós-operatório, centro cirúrgico, canis, baias e viveiros.
Dentro de 10 dias, acontecerá uma nova reunião. Nela, as instituições de ensino superior irão apresentar opiniões e possibilidades de parcerias à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que irá administrar o Centro. “É uma oportunidade ótima para as instituições”, disse o professor de Zoonoses do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná, Alexander Biondo. “Essa reunião significa um avanço para o setor”, afirmou.
Na opinião do coordenador do curso de Medicina Veterinária da Evangélica, Eros Luiz de Sousa, o Crar é uma oportunidade para aliar necessidades do município às das escolas. “Para nós, seria interessante como um local de prática”, explicou.
O representante do Conselho Municipal de Proteção Animal, Paulo Xavier, destacou a importância dos alunos exercitarem o aprendizado atuando. “O Centro de Resgate será de grande importância para o treinamento dos futuros médicos veterinários”, resumiu.
Também participaram das discussões as professoras Rita Marília Mangrich, coordenadora adjunta de Medicina Veterinária na PUC-PR, e Ana Laura Angeli, da Universidade Tuiuti.
Avanços recentes – O diretor do departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Alfredo Trindade, ressaltou recentes avanços, como a Lei de Proteção Animal e a Lei que regulamenta o comércio de animais. “Amparada pela legislação vigente, nossas equipes têm atuado fortemente na fiscalização”, explicou.
Novidades como a obrigação da microchipagem de animais comercializados, o incentivo à guarda responsável e o aumento da fiscalização são conquistas do setor. “Elas devem resultar, num médio prazo, no decréscimo das situações de risco”, afirmou Trindade.
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