Uma rua, uma história: Nilinho paz e amor
Nilo presidiu o País por um ano e 5 meses. |
A Rua Nilo Peçanha é uma das
principais vias de nossa região. Ela começa na altura da Roberto Barroso, no final do bairro São Francisco,
corta todo o Bom Retiro, passa pela
divisa entre Pilarzinho e São Lourenço e desemboca na confluência da João Gava e São Salvador,
próximo à Ópera de Arame.
Seu nome é uma homenagem ao advogado e político fluminense
Nilo Procópio Peçanha (2/10/1867-31/3/1924).
Mulato e filho de pequenos agricultores da região de Campos (RJ),
foi deputado constituinte, senador, governador
do Rio de Janeiro e presidente da República por um ano e cinco
meses.
Apesar de ter lutado na campanha abolicionista,
historiadores apontam que ele nunca assumiu
sua descendência africana. Alguns
afirmam que suas fotografias presidenciais eram retocadas para branquear sua pele
escura. Sua origem humilde, porém, nunca escondeu, e dizia que fora criado com
“pão dormido e paçoca”.
Eleito vice-presidente em 1906, assumiu o cargo com a morte
do titular, Afonso Pena, em junho de 1909. Em seu governo, criou o Serviço de
Proteção ao Índio (embrião da Funai),
reorganizou o Ministério da Agricultura e deu grande impulso ao ensino
técnico-profissional.
Sua sucessão foi uma das mais disputadas até então,
contrapondo pela primeira vez São Paulo, cujo candidato era Rui Barbosa, e
Minas Gerais, que venceria o pleito com Artur Bernardes. Preocupado com uma escalada de violência
durante a campanha, lançou o lema “paz e amor”, que 90 anos depois seria
adotado pelo candidato Luis Ignácio Lula da Silva, que ganharia na época o apelido de “Lulinha Paz e Amor”. (DSF)
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