Hoje é dia do Poeta da Cruz do PIlarzinho

Do Quintal | 11:21 |

Hoje é dia do Poeta da Cruz do Pilarzinho. Paulo Leminski, o mais famoso e completo poeta paranaense faria 68 anos. Ele faleceu ainda muito jovem, aos 44 anos, em 7 de junho de 1989, mas deixou um legado que continua atravessando gerações. Sua poesia continua viva, seja nos 18 livros publicados, seja nas letras das 60 músicas que fez com ou para artistas consagrados da MPM, ou nos poemas espalhados na cidade, que continuam chamando os jovens para a vida quase um quarto de século após sua morte, como o inscrito na parede do Centro de Criatividade do Parque São Lourenço: isso de querer/ ser exatamente aquilo/ que a gente é/ainda vai/nos levar além/.

"O bandido que sabia latim".
Embora tenha nascido no Água Verde, na Maternidade Vitor do Amaral, e ter morado também em outros bairros, como o Mercês, Centro, Vila Isabel, Seminário, no Rio e em São Paulo, era com o Pilarzinho que ele mais se identificava.  Afinal, era neto de poloneses vindos para o País nas mesmas levas dos imigrantes que formaram o bairro. O reconhecimento pelo filho tão ilustre foi dado no mesmo ano de sua morte, quando a Prefeitura batizou a antiga pedreira com seu nome.
Foi no número 874 da Rua Jorge Khoury Bhraim, a uns 300 metros da Cruz, que Leminski, então casado com a poetisa Alice Ruiz, viveu uma das fases mais produtivas e agitadas de sua vida. Produtivo sempre foi, em todos os ramos de atividade a que se dedicou. E não foram poucos. Embora seja conhecido popularmente mais por sua obra poética,  ele falava fluentemente seis línguas estrangeiras e com isso traduziu para o português grandes obras em japonês, latim, francês e inglês. Foi professor, ensaísta, crítico literário e um contudente polemista. Ainda chegou à faixa preta de judô e, nas horas vagas, trabalhava como jornalista e redator publicitário.
Legião de amigos e fãs
Mesmo assim conseguia tempo para longas noitadas com os amigos e para receber uma romaria de fãs, a maior parte de jovens, que o procuravam diariamente em sua casa para beber de seu conhecimento e partilhar de seus espírito inquietamente criativo.  Na época, sua fama de grande poeta e pensador das letras já corria o País.
E assim o poeta recebia visitas ilustres, como a de Gilberto Gil, que como conta o jornalista Toninho Vaz na biografia “O bandido que sabia latia”, chegou uma noite à casa da Cruz para conhecer o poeta que deslumbrava os pais da Tropicália. Pouco tempo antes tinha sido a vez de Gal Costa e Caetano Veloso, para quem anos depois comporia a música Verdura.
O fascínio que ele exercia sobre cantores e compositores pode ser conferido pela lista de parceiros que continuam ajudando a manter viva sua poesia. Confira a lista de composições, sua obra poética e em prosa aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Leminski . Para ler ou reler suas obras é só acessar o google. E para homenageá-lo, o link da música que amigos e fãs cantaram pra ele no dia 7 de junho de 1989, quando o poeta foi bagunçar o coreto lá em cimahttp://www.youtube.com/watch?v=KCoTYeexBik .

TUDO SOBRE::


COMENTÁRIOS: