35 anos sem Lápis

Do Quintal | 15:47 |

Palminor Rodrigues, o Lápis.
Há exatos 35 anos Curitiba se despedia de um dos principais compositores populares que a cidade já produziu. Na madrugada do dia 10 de fevereiro de 1978, um sábado, devido a um problema cardíaco morria Palminor Rodrigues Ferreira, o Lápis. Apesar de ter vivido apenas 36 anos, ele deixou mais de 100 composições em vários estilos, provou que é possível fazer samba de alta qualidade na cidade, escreveu seu nome na cultura local e deixou saudade entre as centenas de amigos que acompanhavam suas apresentações na noite curitibana. (No final deste post, ouça uma de suas músicas).
Lápis não teve tempo para ser reconhecido nacionalmente, mas fez bonito nos lendários festivais cariocas de MPB no final dos anos 60 e teve músicas gravadas por famosos da época, como Eliana Pittmann e Os Originais do Samba.
Com o espetáculo Funeral para um Rei Negro, em 1975, bateu o recorde de público do Teatro Paiol, onde mostrou toda sua sensibilidade e ginga. Compositor versátil além de violinista e percussionista, compôs desde o Hino do Coxa (embora fosse torcedor atleticano) até um tipo de hino informal do Estado, o Meu Paraná. Na próxima edição impressa do jornal Do Quintal, no final deste mês, contaremos um pouco da história desse menino nascido numa família musical do bairro Mercês.
Seus irmãos foram ou são grandes músicos, alguns com carreira internacional. Uma das irmãs, a Mide, continua na antiga casa da família na Rua dos Capuchinhos. Idealizadora do grupo Meu Paraná, é uma incansável batalhadora pelo reconhecimento do fandango no Estado. Um dos filhos de Lápis, o Grafite, é violinista e compositor respeitado na Europa, onde mora há mais de 20 anos. Pra lembrar um pouco da arte de Lápis, postamos o vídeo com uma de suas composições mais conhecidas, Onde ela Mora, com a banda paranaense Sam Jazz Quintet.
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