O pé de couve de dona Mide
Dona Mide e o pé gigante. |
No jardim de sua casa, na Rua dos Capuchinhos, Mercês, Cremildes Ferreira, a dona Mide, cultiva um pé
de couve . Até aí nenhuma novidade. Só que a hortaliça plantada em seu quintal vem
chamando a atenção de quem a vê, pelo
seu porte. Já está com mais de dois metros de altura e suas folhas têm mais de
meio metro.
Dona Mide conta que plantou a mudinha há cerca de um ano.
Alguns meses depois, já havia crescido mais que o normal. O que mais chama
a atenção é o tamanho das folhas. Ela mediu recentemente e constatou que tinham
60 por 45 centímetros.
Desde então, além de prepará-las em saladas, sopas refogados
para ela e o marido Wernr Bahr, distribui as folhas para parentes e
vizinhos. As mudinhas que surgem a
partir do pé também estão sendo dadas a quem a procura. Mas não se sabe se também
originarão pés gigantes. Recentemente um programa de tevê enviou algumas mudas
para análise pelo Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal do Paraná.
Elas serão plantadas na área experimental de olericultura da instituição. Em três meses se saberá se o crescimento tem
como base as condições do solo ou é relacionado ao seu potencial genético.
Irmã do Lápis
Mide: distribuindo mudas. |
Dona Mide, 75 anos, é bem conhecida nas Mercês. Além de morar desde criança no mesmo endereço,
é costureira de mão cheia, atendendo clientes de quase meio século. Também é
cantora, compõe o grupo tradicionalista Meu Paraná e é uma incansável
batalhadora pelo reconhecimento do fandango como música do Estado. Além disso, é
irmã de Palminor Rodrigues, o Lápis, um dos maiores compositores e músicos que
a cidade já produziu.
Na próxima edição impressa do Do Quintal, que circulará no início de março, contaremos um pouco
da história desse menino das Mercês que embora falecido prematuramente escreveu
com destaque seu nome na cultura popular, deixando mais de 100 composições,
algumas conhecidas nacionalmente, e muita saudade entre os que o conheceram.
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