O trabalho era “pedreira”
Operários da Pedreira Gava (hoje Ópera) nos anos 50 |
Quando criança, trabalho duro na Pedreira. |
João nasceu em 1931 no Pilarzinho. Estudou até o terceiro ano primário e aos 11 anos deixou a escola para trabalhar no
local onde seu pai, José Gava, trabalhava, na pedreira da família, que nos anos 90 se tornaria a Ópera de Arame.
No início, fazia pequenos serviços como levar os ponteiros e brocas de aço usados na quebra de pedras ao ferreiro que trabalhava na própria pedreira. Um serviço mais leve, mas extremamente perigoso, era levar bananas de dinamite para os locais das explosões.
No início, fazia pequenos serviços como levar os ponteiros e brocas de aço usados na quebra de pedras ao ferreiro que trabalhava na própria pedreira. Um serviço mais leve, mas extremamente perigoso, era levar bananas de dinamite para os locais das explosões.
Conforme ia crescendo, ele passou a fazer trabalhos braçais mais pesados, como
transportar as pedras e quebrá-las em pedaços menores para levá-las ao
britador. Como não havia compressor, elas tinham que ser quebradas na marreta.
Para isso, um funcionário segurava o ponteiro enquanto um colega dava as
marretadas. Um erro de cálculo poderia significar uma mão quebrada, um braço esmagado.
João trabalhou na pedreira até o início dos anos 60, quando
saiu por considerar que o salário já não supria suas necessidades básicas. Já casado, João começou a trabalhar como carpinteiro, profissão em que atuou até
se aposentar.
Quando falou conosco, no final de 2010, ele morava em Araucária, fabricava artesanalmente alguns móveis e cadeirinhas para crianças, e visitava regularmente as filhas Sônia e Guiomar que continuam morando no Pilarzinho. E Silmara, que mora no Juvevê, além de Hamiltom, morador de Campo Largo.
Quando falou conosco, no final de 2010, ele morava em Araucária, fabricava artesanalmente alguns móveis e cadeirinhas para crianças, e visitava regularmente as filhas Sônia e Guiomar que continuam morando no Pilarzinho. E Silmara, que mora no Juvevê, além de Hamiltom, morador de Campo Largo.
Apesar do trabalho duro na pedreira, João Gava Neto guardava com
orgulho as recordações daquele tempo. Principalmente em relação às
obras feitas com as pedras tiradas dali. Uma delas foi o prédio do Hospital da
Cruz Vermelha, na Vicente Machado. Ele foi um dos que ajudaram a levar as
pedras para o terreno no Batel, que serviriam de alicerce para a construção do
hospital beneficente, inaugurado em 1947. (DSF)